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Perguntas dos Leitores

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Por que, nos últimos anos, A Sentinela não tem feito uso da tradução feita pelo ex-sacerdote católico, Johannes Greber?

Essa tradução foi usada ocasionalmente em apoio de versões de Mateus 27:52, 53, e de João 1:1, conforme vertidos na Tradução do Novo Mundo e em outras traduções conceituadas da Bíblia. Mas, como indicado no prefácio da edição de 1980 de O Novo Testamento (em inglês) de Johannes Greber, esse tradutor confiou no “Mundo Espiritual de Deus” para esclarecer-lhe como deveria traduzir passagens difíceis. Declara-se: “Sua esposa, médium do Mundo Espiritual de Deus, foi muitas vezes o meio usado para a transmissão de respostas corretas da parte dos Mensageiros de Deus para o pastor Greber.” A Sentinela julgou impróprio fazer uso duma tradução que tem tal estreito vínculo com o espiritismo. (Deuteronômio 18:10-12) Os estudos que formam a base para a tradução dos textos acima citados, na Tradução do Novo Mundo, são alicerçados, e, por isso não dependem absolutamente da tradução de Greber para ter autoridade. Portanto, não se perdeu nada por se deixar de usar O Novo Testamento dele.

Visto que Jesus disse que os cristãos não devem fazer “parte do mundo”, como devemos agir com respeito a questões comunitárias ou de interesse social, tais como a conservação do meio ambiente?

Os cristãos não são cegos às questões comunitárias que afetam as pessoas em geral, mesmo assuntos tais como poluição ou conservação do meio ambiente. Mas, até que ponto se envolverão em tais coisas deve ser determinado em harmonia com as Escrituras e sua obrigação primária para com Deus.

As leis de Jeová, dadas ao antigo Israel, evidenciam Sua preocupação quanto à segurança e a saúde públicas. Por exemplo, ele incentivou manter sob controle animais domésticos perigosos, cobrir poços abertos e providenciar parapeitos em terraços, para evitar quedas acidentais ou perigo para as pessoas embaixo. (Êxodo 21:28-34; Deuteronômio 22:8) Seu interesse na saúde pública é claramente evidenciado pelas leis a respeito da quarentena e da eliminação dos excrementos, que poderiam contaminar os suprimentos de água e propagar doenças. (Levítico 13:1-59; Deuteronômio 23:9-14) Quanto à poluição, à conservação e ao meio ambiente, a Palavra de Deus nos diz que ele ‘arruinará os que arruínam a terra’. — Revelação 11:18.

Deve-se observar, porém, que Deus não orientou seus servos — israelitas ou cristãos — a promover movimentos com respeito a tais assuntos. Os judeus não foram mandados mover campanhas entre as nações circunvizinhas em prol de melhores procedimentos sanitários, ou de melhores normas de saúde, ou códigos de construção. Tampouco há evidência de que eles (ou os cristãos mais tarde) fizessem isso ao residir em outros países. Ademais, Deus disse que ELE mesmo é quem agiria contra os que arruínam a terra; não indicou que isso devia constituir a preocupação primária dos ‘seus escravos, os profetas, e os santos e os que temem o seu nome, os pequenos e os grandes’. — Revelação 11:18.

Compreensivelmente, os cristãos hoje dão-se conta de que há coisas que atualmente tornariam a vida melhor para eles e para as pessoas à sua volta. Não são insensíveis para com as necessidades humanas; antes, apreciam e desenvolvem o “humanitarismo”. (Veja Atos 28:2, 7-9; Marcos 7:24-30.) Isso talvez influencie em seu proceder, quando surgirem certas questões que envolvam melhoramentos comunitários. Por exemplo, talvez se solicite que as pessoas de certa vizinhança expressem sua opinião quanto à necessidade de mais iluminação ou sinalizações de rua, novas escolas, ou melhor abastecimento de água ou sistema de esgotos. Em geral, não haveria nenhum mal em o cristão expressar sua opinião quanto a tais melhoramentos. Talvez se sentisse até mesmo apto para assinar uma solicitação ou petição para tal fim.

Mas, os cristãos não devem desperceber que os assuntos de vulto que afetam uma comunidade muitas vezes se transformam em questões políticas. Grupos começam a recorrer a meios políticos, a fim de efetuarem as mudanças que sinceramente acham ser as melhores. Ou, algum político (ou candidato) advoga uma questão. Daí, as pessoas se polarizam em linhas políticas ou se afiliam aos “governantes deste sistema de coisas, os quais hão de ficar reduzidos a nada”. (1 Coríntios 2:6, 8; Revelação 19:17, 18) Se isso ocorresse com um membro da congregação, ele poderia chegar ao ponto de não mais se enquadrar na descrição de Jesus: “Se vós fizésseis parte do mundo, o mundo estaria afeiçoado ao que é seu. Agora, porque não fazeis parte do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.” Cristo disse incisivamente o seguinte sobre seus cristãos fiéis: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” — João 15:19; 17:16.

Todavia, pode haver questões que, onde vivemos, ainda não sejam de natureza política, ou pelas quais as pessoas da região se empenham sem fazer uso da política. Questões desse tipo poderiam ser o controle da poluição, a preservação da água e dos recursos minerais, ou a proteção de áreas selvagens. A pessoa talvez considere bons tais empreendimentos e ache que Deus também pensa o mesmo. Contudo, não nos devemos esquecer da obra em que Jeová comissionou os cristãos a se concentrar: A obra de divulgação das boas novas do Reino, que resultará em bênçãos eternas para milhões de pessoas em toda a terra. (Mateus 24:14; 28:19, 20) Fazer tal obra nos protegerá de sermos apanhados no tipo de campanhas que cativaram as emoções de muitos.

A verdade é que tais esforços humanos não podem surtir bons resultados tão amplos e duradouros como ajudar as pessoas a cultivar a devoção piedosa, que “é proveitosa para todas as coisas, visto que tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir”. (1 Timóteo 4:8) Sim, mesmo do ponto de vista utilitário, podemos realizar o maior bem por ajudarmos as pessoas a se tornarem genuínos cristãos. Isso pode ajudá-las a evitar práticas que são prejudiciais à saúde. Podemos ajudá-las a aplicar os princípios bíblicos, de modo a se tornarem maiores predicados para a sua comunidade. Todavia, como bênção maior, nossos esforços as habilitarão a ‘apegar-se firmemente à verdadeira vida’. (1 Timóteo 6:19) Os benefícios resultantes serão muito mais seguros do que aquilo que poderia ser realizado mediante esforços sociais ou comunitários E, quanto aos cristãos, cuidarmos para não ser desviados da obra que Deus nos designou mostrará nossa obediência a Jeová, ‘a quem toda família deve o seu nome’, a sua saúde e as suas perspectivas para o futuro. — Efésios 3:15.